Friday, September 05, 2014

Este mês na Activa, as leitoras suspiram finalmente quando abriram a página 122




- O Alvim que escreve romances de amor convive bem com o Alvim ‘ganda maluco’? Mal se falam. na verdade, não se dão. gosto de pensar que não se conhecem, que são duas pessoas diferentes sem qualquer tipo de ligação. E depois ainda existo eu, que nem é uma coisa nem outra. quero acreditar que sou tripolar, quadripolar, o que seja.


- E as outras pessoas convivem bem com os dois? 

Ou acontece-lhe falar o escritor e responderem ao ‘maluco’/ não levarem o escritor a sério/apelarem ao escritor e responder o engraçado? Não é uma coisa que me preocupe, se as pessoas me levam a sério ou não, não sou um banco em que as pessoas precisamos de confiar em mim para depositarem as suas poupanças, não sou um médico para confiarem em mim a sua vida, se bem que agora que penso nisto, sou alguém em quem invariavelmente as pessoas podem ou não depositar o seu tempo.


- Porque é que diz que é bicho do mato? 
É possível fazer tantas coisas públicas e ser bicho do mato? Eu nunca disse que sou um bicho do mato, quando muito posso ter dito que sou um bicho. E a sê-lo gostava de ser da fruta. Mais: um bicho pode fazer imensas coisas publicas sim.

- Em pequenino já era irrequieto? 
Não, era um doce de rapaz, uma jóia de moço, não fazia mal a um insecto, nunca nunca nunca. Podia ter seguido uma vida dedicada ao catolicismo praticante, podia hoje ser o Papa Francisquinho. E não fui.

- Foi convidado pela agência de viagens Pinto Lopes para fazer de guia numa viagem à Transilvânia Halloween. Como é que se está a preparar? 
Estou a preparar-me intensamente como seria expectável, de forma diária, corro 10 quilómetros por dia, mordo cerca de 20 pessoas, tenho bebido uma média de 2 litros de sangue. Penso que estou preparado.

- Espera que o Castelo do Drácula esteja assombrado ou prefere que não esteja? 
Eu prefiro que não esteja lá de preferência, não gosto nada de dar confiança a tipos que não gostam de sol.

- Vão levar alho e crucifixos? 
Sim e uma arma carregada com balas verdadeiras.

- O que é que gostava de aprender? 
A sonhar (esta é a resposta mais bonita e triste que alguma vez tive. Choro deste lado do papel). A outra é: a fazer choco frito.

- De que é que tem saudades? 
Dos anos em que o Benfica venceu duas vezes consecutivas a liga dos campeões.

- Uma recordação de infância?
Ter sempre uma ideia óptima, sempre espectacular e pedir à minha mãe ou pai para a fazer e um ou outro dizerem-me: Não.

Uma mania?
Enrolar-me na areia e mandar-me por ali abaixo até chegar ao mar.

- O melhor de ser o Fernando Alvim é… Não ser o Fernando Alvim.

- E o pior… é ser o Fernando Alvim.

- Há vida para além da morte?
Eu sou a prova disso. Já morri 3 vezes e 3 vezes voltei de novo.

- Árvore favorita?
A árvore genealógica. Descendo de Nuno Àlvares Pereira que se casou com Leonar Vaz de Sousa Alvim. Gosto de pensar que tenho sangue azul. E que as árvores genealógicas glorificam sempre qualquer família.

- O que é que gosta que digam de si? 
Que sou um génio e a pessoa mais bonita e sexy que alguma vez viram e com a qual dormiram.

- Uma causa?
A das coisas. O livro do Miguel Esteves Cardoso.

- O que é que está a ler?
A sul de nenhum norte de Charles Bukowski.

- Uma canção para ouvir em repeat. 
Construção, Chico Buarque

- O que é que diz quando martela o dedo ou dá um pontapé descalço numa quina?
Invariavelmente um chorilho de palavrões que não vou dizer aqui. Mas há sempre dois, um a seguir ao outro. Um começa por f e outro por c, este último, faz lembrar um ingrediente muito usado na cozinha e celebrizado pelo pequenito Saúl.

- Como é que o levam? 
Normalmente é à certa. gosto sempre de ser levado à certa, contas são contas.

- Qual é o sentido da vida?
O amor. (isto é só para provar que eu sou sensível e profundo)

- Roll on ou spray?
Rock'n'roll.


No comments:

Post a Comment