Sunday, April 07, 2013

Inquéritos do jornal Metro



E a convidada desta sessão é a actriz Diana Nicolau

Umas férias
Há uns anos decidi que ia escolher o destino com base no preço mais reduzido que encontrasse em sites low cost. Calhou-me Malta na rifa. A anarquia total, uma espécie de Lloret del Mar para seniores, mas regido por mafiosos que conduzem ao contrário e nunca ouviram falar de limites de velocidade nem limite de taxa de alcoolemia ao volante. Um destino pra voltar.

Uma ideia 
Se todas as entidades e organismos públicos tivessem uma jigajoga qualquer que pudesse controlar os funcionários (quando digo jigajoga não precisa ser nada do outro mundo, basta que haja um plano semanal/mensal de tarefas/funções para cada funcionário/departamento, qualquer coisa informatizada que os obrigue a prestar serviço e a apresentar resultados VISÍVEIS), acabava-se logo com o engonhanço de muitas empresas públicas.

Uma asneira
"É melhor arrancarmos para cima depois de almoço, que isto é mudança de quinzena e há muito movimento na estrada". Tão típico das férias. Esqueçam, já ninguém aluga casas à quinzena. Só os bifes reformados que vão para o ALLgarve, e aí sim, ficam ALLverão. Pior que isto é “Para o ano já não caio nesta!”. Ai cais, cais!

Uma paixão
Na minha família há uma tradição de verão. Pelo menos um dia, acordamos de madrugada (em boa verdade, às vezes nem vamos à cama), e galgamos praia acima em contra-relógio para ver o nascer do sol no mar, na praia de Tavira. Ano sim, ano não, apanhamos o dia nublado e não há nascer do sol para ninguém. E dizemos sempre: “Para o ano alguém que se lembre de ver a previsão do tempo.” Nunca ninguém se lembra. Isto conta como paixão? Vá, uma tradição em jeito de paixão.

Uma curiosidade
Teatro vejo na fila da frente, e cinema na fila de trás.

Uma pergunta
Porque é que aos homens basta arrotar para terem graça? Respeito as mulheres da comédia por isso.

Uma resposta
A resposta mais comum dos actores: “Agora ando aí com uns projectos, umas cenas.” Eufemismo para desemprego.

Uma lição
É preferível perder dinheiro que tempo. O tempo é impossível de recuperar. Ai que miss cliché que eu estou hoje.

Uma aventura
Descer a Rua de S. Pedro de Alcântara de mota num chuvoso sábado à noite e não derrapar nos carris.

Um segredo
Tenho tanto medo de beber leite estragado, que escrevo a data de abertura nos pacotes. Mariquice, eu sei. Mas era segredo.

Uma invenção
Tenho uma lista de invenções que vai crescendo de ano para ano, mas não a divulgo. Pronto, ok, só uma pequenina. Um relógio com o mostrador de espelho, assim evitam-se muitos grelos nos dentes, e é discreto.

Um desabafo
Pago 184€ por mês de Segurança Social, quer receba muito ou nada. Não tenho direito a subsídio, baixa, nada. ENTERREM-SE OS FALSOS RECIBOS VERDES! Ufff!

Um problema
Os velhos que resolvem experimentar todos os toques de telemóvel numa viagem de expresso de duas horas, são um problema. Os apoios para a cultura que vão sempre para os mesmos bolsos, são um problema. Os teatros vazios também.

O que é que fazes MESMO mal? Em que é que és MESMO bom?
Nunca me lembro de caras nem de nomes. Sou óptima a disfarçar nessas situações.

Uma sugestão
Um convidado começa uma frase, e o convidado seguinte tem de a terminar e dar o mote para a frase do convidado seguinte e assim sucessivamente. Ah, e pra aumentar o grau de dificuldade devia rimar, em jeito de homenagem ao nosso querido Camões. Cá vai o meu início: “Se Portugal fosse dos Espanhóis”… (e o próximo que se desunhe!)






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