Wednesday, November 11, 2015

Foi com a notícia da morte do Paulo Cunha e Silva que acordei esta manhã.




Sei que é uma fatalidade morrermos, mas fica um sabor amargo, quando vemos alguém morrer que ainda ia dar tanto e nos apanha com tanta surpresa. 

Paulo Cunha e Silva ficará para sempre ligado a uma das fases mais entusiasmantes, criativas e vibrantes da cultura portuense e espero que a cidade não entre numa espécie de orfandade com o seu desaparecimento. Pelo contrário, a melhor homenagem que a cidade e as pessoas que gostavam dele (como eu de resto) lhe poderão fazer, é justamente pegarem no legado que agora deixa e fazerem tanto, tão bem, com tanta vontade, com tanto orgulho que ele tinha, com tanto Porto que ele trazia ao peito. 

A perda dele é irreparável e a cidade perde uma dos maiores e mais inspiradoras pessoas que conheci. Ironicamente ia entrevistar o Paulo esta semana, na próxima sexta-feira, na Prova Oral, o programa que apresento na Antena 3. Ironicamente. iríamos fazer o rescaldo do fórum do Futuro realizado no passado fim-de-semana no Porto, onde o tema em destaque era a felicidade imagine-se. 

A notícia de hoje não traz felicidade nem futuro, mas deixa a responsabilidade acrescida a quem lhe suceder, de lhe garantir isto a ele, à cidade e a todos que o seguiam de forma tão militante pelo entusiasmo que ele emprestava em tudo o que fazia. A ele, um imenso obrigado, uma imensurável gratidão e um tremendo orgulho naquilo que ele fez. Saibam pois continuá-lo.

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