Friday, July 19, 2013

Inquérito de férias do Jornal Metro

E o convidado desta semana é Ricardo Henriques, copy e publicitário.


Umas férias 
O périplo asiático - Hong Kong, Singapura, Malaca, a ilha de Langkawi, Angkor Wat, Ho Chi Minh e Hánoi - porque comi muito bem em bancos de rua quase ao nível do chão e por ter sido aliviado da minha máquina no final das férias, o que me obrigou a ter memória fotográfica.

Uma ideia
Diz-se que os estúpidos não aprendem com os próprios erros, que os espertos aprendem com os próprios erros e que os inteligentes aprendem com os erros dos outros, sendo assim proponho a criação da enciclopédia mundial de erros, disponível em todas as línguas, para que só faça erros quem quer.

Uma asneira
Apaixonar-me. E aqui posso citar o diálogo entre as personagens de Burt Lancaster e Deborak Kerr no filme Até à Eternidade – Até te conhecer nunca me tinha sentido tão miserável na vida. – Nem eu. Não trocaria nem um minuto. Nem eu. 


Uma paixão 
Nunca fui muito de paixões de Verão. Molhados por molhados, prefiro o cliché dos beijos à chuva, porque sempre conjuga essas duas grandes instituições: a miss t-shirt molhada e o stripteasing.

Uma curiosidade
O meu pai tinha um colega na tropa que estava sempre a pentear o seu maior orgulho - um bigode tipo Poitot - que lhe deu a alcunha de Bigodes. Um dia, durante a noite, cortaram-lhe por pura maldade metade do pêlo facial. O dia seguinte amanheceu com um grito gutural frente ao espelho e nascia o melhor rebaptismo de sempre: Godes.

Uma pergunta
 Porque é que os tectos são falsos e os soalhos, flutuantes?

Uma resposta
Hesito entre a resposta do Zed: Well, I guess you're gonna have to go wake him up now, won't you? Ou a do Butch: Zed's dead, baby. Zed's dead.
Quando estão com um cigarro na boca e um isqueiro na mão e perguntam – Importas-te que fume? – a resposta é: importo.

Uma lição
Não comecem frases com “no meu tempo” porque parecem um morto a falar. Usem antes esta que me ensinaram “back in the days when the sky was still clean and sex was still dirty”. Sorry pelos inglesismos.

Uma aventura
Certo dia fui passear pela serra de Sintra. Uma semana depois voltei à serra com uns amigos e disse o seguinte. – Olha, está ali no chão algo a brilhar! Olha, são uns óculos! Olha, são os meus óculos! Estavam perdidos e não sabia onde.

Um segredo
É melhor não, depois teria uma trabalheira a localizar e matar todos os leitores.

Uma invenção
Os guarda-chuvas foram inventados para serem perdidos e as meias para serem comidas por máquinas de lavar. Está na altura de assumir o falhanço e inventar comprimidos que nos protejam da chuva e outros que aqueçam os pés.

Um problema 
Ser feliz com pouco é um problema porque nos contentamos em comer mais caracóis e menos bifes. Ser feliz com muito é um problema porque nos rodeamos de bifes e nos esquecemos de como são bons os caracóis.

Qual é a coisa mais ridícula de sempre para ti?
Capachinhos, tatuagens “tramp stamp” em mulheres de 70 anos, amigos desesperadamente solteiros nas redes sociais e pessoas que me dizem o que é ridículo e o que não é.




No comments:

Post a Comment