Monday, April 16, 2012

www.estradadarevolucao.com - Brevemente na Prova Oral


Um projecto jornalístico que visa perceber as transformações desencadeadas pelas revoluções no Mundo Árabe através de uma viagem por dez países do Médio Oriente e do Magreb – Turquia, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Egipto, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos –, terminando em Lisboa.

A viagem durará de 90 a 105 dias e será levada a cabo por quatro profissionais – um jornalista redactor, um fotógrafo e um repórter de imagem. Viajarão de transportes públicos terrestres e marítimos: comboio, autocarro, táxi e barco.

Os conteúdos focarão a actualidade dos países em questão, dando voz tanto a rebeldes e revolucionários como a defensores dos regimes. Pretende-se Conhecer o estilo de vida praticado em cada um destes países, entender as causas de descontentamento, perceber os conflitos étnicos e religiosos, recuperar a História recente destas nações e as expectativas das jovens gerações. Não se deixará de parte a arte e a cultura, a visão dos intelectuais, dos músicos, dos cineastas e dos pintores que desafiam as ditaduras assim como o desporto e a vida quotidiana que flui à margem da corrente revolucionária. E, claro, as histórias pessoais de quem faz a viagem, riquíssimas em peripécias e sobressaltos.

A Estrada da Revolução é um projecto eclético; viajará desde as raízes ancestrais dos curdos na Turquia à era do Facebook dos jovens egípcios. Passará dos novos rappers de Istambul às orações da Igreja Copta do Cairo, irá de campos de refugiados a praias do Mediterrâneo, dos bares de Casablanca às mesquitas líbias.

Numa altura em que sopram no mundo fortes ventos de mudança, o Médio Oriente volta a surgir no olho do furacão. É no epicentro desta convulsão mundial, que começou na Tunísia e se alastrou à Península Arábica e à Europa, que este périplo jornalístico pretende responder a algumas questões determinantes: Terá sido a imolação de um jovem tunisino a despoletar a onda de manifestações nesta região ou serão elas fruto de uma frustração que se arrastava há décadas? Será a democracia a consequência imediata destes movimentos ou conduzirão elas a um fortalecimento do fundamentalismo islâmico? Estarão as mulheres árabes na expectativa de uma nova sociedade em que poderão viver mais livres ou estarão, pelo contrário, aterrorizadas com o futuro? As novas gerações são mais influenciadas pelo modernismo e pela Internet ou quererão virar costas ao Ocidente no sentido de um regresso a uma sociedade tradicional? Terá este tumulto impacto no Mundo ou ficará na História como um fenómeno regional?

Por fim, é também uma viagem em busca da fórmula da revolução, da procura de uma esperança que parece estar enterrada em Portugal. À chegada, a 25 de Abril de 2012, também as ruas de Lisboa estarão a clamar por esperança.

A Estrada da Revolução é o trilho perfeito para entender o que se passa para lá dos confrontos entre manifestantes e exércitos que nos chegam diariamente aos televisores. É uma volta para melhor entender as voltas que o Mundo está a dar.

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