Achas que o 5 para a Meia-Noite está a recuperar o fenómeno Gato Fedorento esmiúça os sufrágios, uma vez que têm surgido notícias políticas todos os dias oriundas das vossas entrevistas?
Acho que é possível que isso esteja a acontecer sim, mas parece-me que há uma vertente menos política nas nossas entrevistas, o que faz com que nos diferenciemos. Isto é, são dois programas que usam o humor e a informalidade como arma de arremesso, mas que vão por direcções diferentes.
É diferente entrevistar José Sócrates nesta altura do que qualquer outro convidado?
Sim, visto tratar-se do Primeiro-ministro (em gestão) como ele próprio afirmou no programa. Há um peso institucional grande numa entrevista destas e percebe-se a relevância que a mesma pode ter para o êxito de uma campanha, por exemplo. Ontem, senti-me um pouco Judite de Sousa.
O que significou esta entrevista para ti profissionalmente?
Um grande momento. Não é todos os dias que se entrevista um Primeiro-ministro e acabamos o programa a dar-lhe um par de ténis e confetis e um dicionário Português-Espanhol. Sei agora que Sócrates calça o 42.
Foi difícil levar ao programa estes nomes?
Obviamente e foi o cabo dos trabalhos para assegurar que cada um deles viesse mesmo. Alguns de nós tivemos que mudar de dia, o Pedro Fernandes passou para terça e eu passei para quinta-feira. O meu programa era para ser em directo mas depois optou-se pela emissão gravada. Numa semana, aconteceu tudo. A agenda política dos nossos candidatos é pior que a da Lady Gaga.
Sentias que José Sócrates colaborava, durante a entrevista, no espírito do programa?
Sim, todos os políticos colaboram numa altura destas. Parece-me insensato que não o façam. A simpatia e inteligência social e emocional que podem demonstrar numa entrevista destas, pode ser decisiva na altura em que coloca o papel na urna.
Entrevista de Ana Machado, Público.
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