Friday, January 04, 2013

Blogue Memória V


Esta semana, não fomos buscar uma entrada antiga, mas uma entrevista inédita. Trata-se de uma pré-entrevista aquando da minha ida ao programa da Júlia Pinheiro. Nunca foi publicada – porque não foi feita para isso –, mas um dia não são dias e, por isso, cá vai ela.


Quantas vezes já usaste a desculpa, não és tu sou eu? 
Muito poucas, sou muito sincero com o amor: a verdade, sempre. Digo sempre que a culpa foi dela e invento algo absolutamente esfarrapado, por exemplo, nunca me deixavas ver o Dr. Phil.

E já a ouviste muitas vezes? 
Não, sou tão amoroso que nunca acabaram comigo. A relação, entenda-se; porque as mulheres acabam com os homens mesmo não acabando as relações. É isso que as distingue.

Este livro fala de amor…mas o título parece uma desculpa para acabar com ele… 
De todo, é uma enciclopédia para o entendermos pior. O amor não se deve entender, e o melhor de todos os amores é justamente o que não se entende. De preferência nada.

Resumindo, o que é para ti o amor? 
Não há uma definição, o amor não é uma ciência exacta, mas o verdadeiro amor é aquele que não tem desculpas. Há um texto meu que o explica de forma exemplar e que devem ler, chama-se «Esta coisa de gostar de alguém» e está disponível na net. Procurem-no. Acho que também vem neste livro.

Porque decidiste escrever sobre este tema? Tinhas coisas para dizer sobre o tema ou achaste o tema interessante e arranjaste coisas para dizer? 
Arranjei coisas para dizer, coisas que me surgiram novas, às quais juntei outras que já tinha pensado. Andasse eu na Universidade e a minha tese seria sobre o amor. Mas como não ando, escrevo livros sobre o tema.

O lançamento foi no dia 8 de Março… o peep show na rua da Glória parece-te um local propício ao amor? 
Sem dúvida, muitas das vezes o que ali se celebra é o amor unilateral, que muitas vezes é pouco estimado, como se fosse um amor menor. Amarmo-nos a nós próprios é o primeiro princípio para podermos amar outros. 

Um peep show é um bom local para namorar? 
Sim, desde que se leve moedas.

As considerações que teces sobre o amor baseiam-se em experiências pessoais ou resultam de experiências que vais ouvindo? 
Ambas, mas há um «eu» sempre inerente a cada um dos textos.

Já escreveste vários livros…quantos ao todo? 
4 e quase todos são sobre o mesmo tema.

Quem achas que vai ler o teu livro? 
Todas as pessoas que estão a ver este programa e a Júlia Pinheiro, que é casada com o meu chefe. E eu vejo que o homem anda feliz. Mas às vezes triste, este livro é para o meu chefe ler nessas alturas.

O intuito do livro é divertir? Ensinar? 
Divertir, ensinando.

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