Wednesday, August 22, 2012

Inquéritos de Férias do jornal Metro

E o senhor que se segue é o gestor Paulo Morgado. Aqui ficam as perguntas e as respostas.


- Umas férias
Férias a sério eram as que eu fazia na minha infância, sem o mínimo de preocupações com o trabalho que ficou por fazer ou com as vendas que ainda têm de vir para fechar o ano. Nas fotos apensas apareço eu com uma das famosas bolas da Nivea, na altura, provavelmente, na Praia da Vieira (a terra do Marco Horácio!) e, já mais velhinho, a fumar. Dessas minhas férias de infância consigo lembrar-me… dos cheiros, desde os pneus das bicicletas até aos bifes fritos que a minha mãe fazia e se misturavam com o cheiro a maresia e o pôr do sol ou ao peixe a sair nas redes de pesca puxada por vacas; das brincadeiras na areia com carrinhos, cowboys e índios de miniatura, o jogo do prego, das caricas; dos gelados da Olá em forma de nave espacial ou dos paus que davam prémios; do cinema e das primeiras saídas à noite (e de dia!) com as raparigas; dos gira-discos e das festas de garagem da Rosete Lar (que era o que virava a minha casa quando os meus pais saiam) com luzes psicadélicas; duma máquina de flipers onde passava a vida a meter moedas de 25 tostões; das voltas no carro do meu pai e, mais tarde, numa Honda Mini Trail emprestada… Isso eram férias!

- Uma ideia
Pedir aos portugueses para saírem todos ao mesmo tempo do país, esperarem 10 segundos e voltarem a entrar, para ver se se consegue fazer o reset a Portugal!

- Uma asneira
Julgar que Portugal não tem de levar uma grande volta!

- Uma paixão 
As cartas de “amor”.

- Uma curiosidade
No pain, no gain!

- Uma pergunta
A pergunta que faria um português que viajasse numa máquina do tempo até aos dias em que vivemos: “Mas vocês estão bons da cabeça?”

- Uma resposta
“Badamerda para o fascista” – do falecido almirante Pinheiro de Azevedo, em 1975, quando a hipocrisia e o conformismo ainda não tinham tomado conta da classe política portuguesa.

- Uma lição
A maior lição que aprendi até hoje é que há “amigos” que deixam de o ser quando perdemos o dinheiro ou o poder. “Parafraseando” Pinheiro de Azevedo, bardamerda para essa escumalha!

- Uma aventura
Quando, em miúdo, conduzia uma mota de três rodas de distribuição de gás e verifiquei que a mesma não tinha travões a apenas cinco metros de um portão de ferro fechado que ficava no fim de uma íngreme descida! Tínhamo-nos lançado nessa aventura para pôr a mota a trabalhar de “empurrão” e irmos dar uma volta…

- Um segredo
Estou a responder a esta entrevista dentro de casa com um sol radioso lá fora e não, não estou alcoolizado ou sob o efeito de drogas…

- Uma invenção
Uma máquina de responder a inquéritos de verão.

- Um desabafo
Estou farto de tanta incompetência em lugares críticos da sociedade portuguesa!

- Um problema
Um jovem português conseguir arranjar um emprego no seu país, com tanta gente preguiçosa que há alapada aos seus empregos – gente protegida por uma legislação laboral caduca!



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