«Recentemente, em Guimarães, Capital Europeia da Cultura, a população abriu as portas das suas casas para que músicos fossem lá tocar. O projecto chamou-se Mi Casa es Tu Casa e pode-se ver em vídeos no YouTube o entusiasmo, por exemplo, de um homem com um bebé ao colo, sentado no sofá da sua sala, a explicar a um entrevistador como é bom ter um grupo de música a tocar ali.
Não houve dificuldade em conseguir 19 casas e muitos concertos estiveram esgotados. A ideia foi do radialista Fernando Alvim, que explica: "Nunca os artistas estiveram tão próximos do público, e isso muda tudo. Quando se está num palco há sempre uma distância, e ali não havia nenhum obstáculo." Isso não intimida os artistas, garante.
E as pessoas, porque é que abrem as portas das casas e deixam entrar os músicos e mais uma data de gente que talvez conheçam ou talvez não? "Percebem que é uma oportunidade única para receber um artista. Quantas mais vezes poderão dizer ‘tive o António Zambujo e a Aldina Duarte a cantar na minha sala'? Ou ‘no meu sotão está o Samuel Úria'?".»
Artigo de Alexandra Prado Coelho, no Ípsilon, para ler na íntegra aqui.
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