Friday, February 14, 2014

Balanço Vital do Jornal Metro

É mais um inquérito, que saiu hoje no jornal Metro. Desta vez, o convidado a partilhar connosco o seu balanço vital - concretizações e projectos futuros - é Miguel Júdice, que se define como "aprendiz de Globetrotter", e é um dos responsáveis pelo Hotel de charme da Quinta das Lágrimas onde, este sábado, decorrerá o Congresso do Amor, uma tertúlia onde estarei também (vejam o programa a seguir às respostas de Miguel Júdice a este inquérito). Vamos então a isto:


Cinco acontecimentos extraordinários:

O dia em que descobri uma jóia na calçada
Um dia estava na Avenida da Liberdade na inauguração da nova loja da Cartier em Lisboa e fiz um achado inesperado e valioso. Ali, em pleno passeio da avenida, descobri uma jóia preciosa entre as pedras pretas e brancas da calçada. A coincidência de a ter encontrado num evento de uma marca de jóias é digna de twilight zone. É uma daquelas jóias que não se vendem nem se emprestam, mas antes queremos guardar para a passar mais tarde à geração seguinte, como diz o genial anúncio de uma certa marca de relógios.

O dia em que emigrei
Um dia esse dia chegou, o dia em que, como muitos antes de mim, saí de Portugal para uma experiência de vida no estrangeiro. Como Ghandi disse, foi o primeiro dia do resto da minha vida, e desde então nunca mais fui o mesmo. Sair da minha zona de conforto abriu-me os olhos, a cabeça, fez-me dar valor a coisas diferentes e conhecer pessoas extraordinárias de mundos distantes do meu, ensinou-me a viver com menos, a arriscar mais, e preparou-me melhor para os meus anos futuros.   

O dia que voltei a casa
Um dia voltei a Portugal depois de uma experiência de vida no estrangeiro. Foram dois anos ricos e cheios que me deram muito do que hoje em dia sou. Uma das coisas que esses tempos fora de Portugal me deram foi acerteza de que é Portugal que eu quero para mim, que é aqui, neste canto daEuropa que quero viver. Às vezes precisamos de estar longe para saber o quequeremos, para podermos sentir na pele a saudade ou a falta dela, para darmos valor ao que quando estamos ao lado não damos. Isso é verdade com um relacionamento, com um emprego, e com um país também. Escolhi Portugal.

O dia em que cheguei à Índia
Viajar é uma das minhas razões de ser. Viajar pela Índia era a minha maior ambição enquanto viajante, por isso o dia em que pela primeira vez aterrei em Nova Delhi foi tão marcante na minha vida. Foi o contacto inicial com um país que me vai acompanhar ao longo da vida, ao qual voltei e vou voltar tantas vezes quanto possa para novas descobertas das muitas “Índias” que a Índia tem.  

O dia em que apanhei por não saber falar espanhol
Em 1975, tinha eu dois anos e picos, os meus pais foram viver para Madrid. O meu pai tentava assim não ser preso pela terceira vez com um mandato de captura em branco assinado pelo grande democrata Otelo Saraiva de Carvalho. Acabámos por ficar a viver numa residência de freiras perto da Casa de Campo e eu comecei a frequentar o jardim de infância que ficava no mesmoprédio. Eu mal falava português, quanto mais espanhol, e por isso fui recebido por nuestros hermanos pequeños com violência física. Naquelas idades as crianças não são “meninos” com aquilo que não entendem. Remédio santo… a necessidade aguça o engenho e num ápice comecei a arranhar espanhol e fui aceite.


Cinco projectos:

- Pisar todos os países do mundo. Já vou com alguns na bagagem, cerca de 70, mas ainda me faltam duas vezes esse número
 -Salvar uma vida
- Escrever um livro de poesia
- Fazer uma exposição de arte
- Fazer uma pessoa feliz para sempre e encontrar nisso a felicidade



Programa do Congresso do Amor na
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