Eu gosto de sexo como toda a gente mas não lhe acho a mínima graça. Vamos cá ver, pode ser engraçado o antes e o depois do sexo, podemos rir muito antes, podemos rir muito depois, mas no momento do acto em si, se algum dos dois rir, é como se de repente a luz faltasse quando estávamos em casa na cozinha a preparar o jantar. E o que se que se faz numa situação destas é o costume. Tenta perceber-se o que estaria ligado a mais e rapidamente se chega à conclusão de que, - das duas uma - ou terá sido o aquecedor da sala ou então o micro ondas e a máquina de lavar que estavam ligados ao mesmo tempo. E depois disto, temos que desligar uma das coisas, certificar-nos do dinheiro na carteira e ligar de novo o interruptor. Pois bem, quando isto acontece no meio do acto em si, o que temos que desligar, é essa coisa de, deixem cá ver, de rir. E já está. De novo a luz, panela ao lume e pronto a servir à mesa.
Aposto que nesta altura estarão a abanar a cabeça em sinal de absoluta discórdia, mas vos garanto que mesmo que tenham sido muitas as vezes que terão rido a meio do acto, reparem que quando isso aconteceu, foi como uma espécie de intervalo como antes havia no cinema. Ia-se beber um café, fuma-se um cigarrinho e depois voltava-se para a segunda parte na esperança que a história acabasse bem. Rir no sexo, é como jogar à bola a brincar. Eu não gosto. Prefiro perder ou ganhar, mas encaro o assunto com seriedade. E sexo é um assunto muito sério.
De tal modo, que tenho uma tese nada consensual, onde defendo que a importância do sexo na vida entre duas pessoas, representa no máximo – e atenção que estou a ser muito optimista – 25 por cento. Ai virgem santíssima, dirão alguns. Calma cidadãos, nada melhor do que justiçar esta inquietante afirmação, usando a mítica regra de 3 simples, que deve ter sido a melhor coisinha que teremos aprendido na disciplina de matemática. Façamos de contas: Quanto tempo passamos com a outra pessoa: 8 horas por dia (em média). Quantas dessas horas serão a praticar sexo? 1 no máximo ( não me venham com histórias). E sendo assim, os resultados são esta pequeníssima desgraça: 12,5%. Daí que se fala tanto em sexo. Pudera, ele percentualmente é tão pouco. E mesmo que alterem aqui o número de horas, devo comunicar-vos que este cenário não mudará muito.
E isto quer dizer que se valoriza em demasia o sexo e que há muita especulação no mercado como se este fosse petróleo. O sexo é petróleo porque é escasso para o tanto que se fala, sobrando a outra percentagem, os 75%, os 87,5%, em que fazemos outras coisas que não sexo com a pessoa de que gostamos. Em termos percentuais, não tenho dúvidas, que estas percentagens são muito mais importantes. E porquê? Porque não são especulativas, porque já percebemos que o Petróleo não é a coisa mais importante do mundo. Embora pareça que o domina. (foto de Micael Póvoa)
Gostei da teoria "xôr" Alvim, mas fiquei a pensar o porquê deste tópico... não me siga que numa das últimas experiências um dos dois se desmanchou a rir durante o acto! ;)
ReplyDelete"Rir no sexo, é como jogar à bola a brincar. Eu não gosto."
ReplyDeleteEntendo perfeitamente o que queres dizer com isso.
Alvim,
ReplyDeleteQue análise quantitativa tão má! A análise qualitativa falhou. Há muitas variáveis envolvidas e neste estudo foi considerada apenas uma: o tempo. (e mesmo aí erraste, porque passamos mais do que uma hora dentro dessas 8 horas a pensar no dito, no que foi bom ou mau, no que virá, de como se pode inovar, etcg etc)!
Pensa melhor nisso e depois re-escreve!
Marialaportu!
Teoria bem elaborada, mas obviamente escrita por um homem...Vocês homens é que levam o sexo (e por arrastamento aperformance) demasiado a sério...daí não achares graça...parece um cliché mas rir de não é propriamente o mesmo de rir com...E dizem que rir faz bem!
ReplyDeleteHello Alvim,
ReplyDeleteEstá bem visto... Aliás, eu acrescentaria que rir durante a coisa equipara-se a ter um ataque agudo de riso durante uma missa ou um funeral!
Não sei como não lhe achas piada... ás vezes o sexo consegue ser uma verdadeira palhaçada!!
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