Thursday, November 06, 2008

Um sócio dos bons


O sonho de qualquer pessoa minimamente ambiciosa é ter um bar. Reparem que ninguém sonha em ter uma discoteca. As pessoas querem ter um bar. E depois daí, logo se vê. Parece até que existe uma ordem natural para este tipo de coisas: primeiro um bar, depois uma discoteca e logo a seguir falência e fuga para o Brasil com o dinheiro todo do sócio. Não há negócio onde os sócios fujam tanto para o Brasil como nestas coisas da indústria nocturna. Normalmente os bares correm bem, mas as discotecas raríssimamente. E correndo bem ou mal, há sempre alguém que foge para o Brasil com a massa.


E depois há as pessoas conhecidas, os famosos ou simplesmente, os amigos da "Maya". Que a exemplo de todas as pessoas que sempre sonharam ter um bar, com o advento da popularidade, pensam que só isso basta para fazerem um negócio lucrativo, dizer que o bar é meu e tal, impressionar duas ou 3 miúdas mais sensíveis e posto isto, ir aparecendo de vez em quando. Se virem bem, exceptuando um caso ou outro, isto dá sempre asneira. Não só a nível nacional, como também a nível internacional. Lembrem-se do Planet Hollywood que juntava o Stallone e o Bruce Willis e digam lá se eu não tenho razão. É muito bonito e tal, o bar é do Figo, o Figo é o maior e tem uma mulher muito gira, eu vou ao bar do Figo que é bem bonito mas o Figo que é suposto estar lá, está ou não está? Ah? Não está, não senhor. E nem uma, nem duas, nem tantas outras vezes, até se perceber que aquilo tem tanto de bar de Figo como da muralha da China (e juro que não estou aqui a fazer qualquer gracinha com o nome do sócio).

Depois, conheço o caso de um indivíduo muito popular que também tinha o sonho de ter um bar. Esse cidadão muito conhecido juntou-se a outro igualmente muito afamado e juntos decidiram fazer um bar muito lindo como se fosse um negócio de família. O bar era (é) no Porto, mas um dos sócios, trabalhava em Lisboa e raras eram as vezes que aparecia no bar muito lindo . A pouco e pouco os dois sócios deixaram de se falar e de cada vez que o rapaz muito famoso lhe pedia contas ou lhe perguntava como estava o bar, a resposta era sempre fria e tão distante que ultrapassava em muito os 300 quilómetros que já os separavam . Ambos tinham 50 % do negócio, mas na verdade, fora do papel, o sócio do Porto é que mandava, porque ele é que ali estava ali fisicamente e o outro se quisesse saber como estava o negócio que viesse cá vê-lo, ora essa. E o ambiente de irmandade que até então caracterizava a ligação de ambos começou a azedar-se para grande contentamento do sócio do Porto que viu o outro afastar-se como sempre havia planeado, desistir dele, do negócio, de dar ideias, mesmo sabendo que legalmente ainda a ele está ligado com os tais 50%. E não quer nada. Pelo contrário, quer livrar-se daquilo o quanto antes, como se tivesse vergonha.

E enquanto desiste do seu bar com que sempre sonhara mas cujo sócio se havia revelado uma opção errada, percebeu que o que lhe tinha acontecido, fora no fundo, o que já terá acontecido a tantos outros. Que a sua fama não fora suficiente para manter o negócio à distância e controlar a ganância desmesurada do seu sócio, com quem havia partilhado o seu plano. Que a fama de nada vale se não soubermos estar lá. Que esta história, que este rapazinho de Lisboa, sou eu. Pois pois. E que o meu sócio afamado, neste momento, deve estar a tentar arranjar outros sócios iguaizinhos a mim. Dos bons, portanto!

11 comments:

  1. Este blog é uma seca. Onde estão as gajas nuas?

    Abraço

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  2. Pode o mundo acabar!Pode o Big Mac deixar de saber a Big Mac!Pode mudar o presidente dos EUA!Que importa??O seu ego continua em altas!!És tão triste...

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  3. O gajo se calhar achava que ele é que tinha o trabalho todo...

    Sem saber nada da história, não será essa a versão do outro lado?

    Se faz sentido ou não já não me interessa.Que tal um bar em Lisboa?

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  4. e eu que tantas vezes la fui à espera de te encontrar.. parece que agora vai ser mesmo impossivel. paciencia, em tua homenagem não ponho mais la os pes xD

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  5. o teu socio deve ser da família do meu k me gamou uma pipa de massa e tem mania k é um médico famoso, ainda por cima casado com uma ordinária mais ladra k ele.

    fadam-se lá os "bons" sócios

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  6. Em primeiro lugar lamento essa historia do teu "bom socia" de "bons socios" está o mundo cheio,infelizmente.

    Quanto aos bares,é do senso comum que um bar/café/restaruante/discoteca só comeca a dar lucros,em média,ao fim de 3/4 anos. e confirma-se porque no meu caso a minha mãe abriu (em sociedade) um negocio de restauração (salão de chás) e no inicio foi complicado,por falar nisso,soube que la estiveste eheh.

    Abraço

    João

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  7. esse bar é fantástico e fica mesmo à entrada de Matosinhos... Eu já te apanhei lá ;)

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  8. É caso pra perguntar, não queres ser meu sócio? :)
    Mas como já tens experiência neste ramo, vou pensar noutro.

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  9. é o sublime certo?

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