Monday, October 19, 2009

Queremos o nosso Roberto Leal de volta!


O mundo está a mudar e o Roberto Leal também. São duas coisas diferentes - bem sei - mas nunca as poderemos dissociar. Existe o mundo. E existe Roberto Leal. E ambos mudaram. Roberto Leal mais. E não devia. Porque a única pessoa que sabe fazer bem de Roberto Leal é - e perdoem-me a franqueza - justamente Roberto Leal.


E assim, não havendo quem dele faça, perde-se uma pessoa destas. Das que podem falar na terceira pessoa quando se referem a eles próprios. Das que podem fazer tudo senhores. Mas Roberto parece não ter compreendido isso. Roberto mudou, de tal modo, que está irreconhecível.


Eu não sei quem é este Roberto Leal e duvido que ele próprio o saiba. Pelo que quero o outro, exigo até, e faço aqui um apêlo sério para o seu regresso: o nosso, o do fato branquinho, que agradece sempre a Deus por tudo e diz gostar muito da cultura portuguesa e do intercâmbio entre esta e a sua, por justamente, ainda não ter entendido que há muito deixou de ser brasileiro.


Roberto Leal é português. Mas não é este. Era o outro. O nosso. O único brasileiro que sabia cantar o hino nacional melhor do que muitos portugueses. Com a voz afinada, e a pronúncia que todos os actores brasileiros fazem, quando numa novela têm que representar um português e o Ricardo Pereira não pode ir. Ele é nosso e por isso o quero de volta, do mesmo modo que exijo o regresso de todas as pessoas que deixaram de ser elas, para passarem a ser outro alguém que todos desconhecem. Um toy tem que ser um toy, caramba. Um bacalhau à brás tem que ser um bacalhau à brás. Um roberto leal tem que ser um roberto leal, por deus.

8 comments:

  1. Reclamo contigo o-Roberto-Leal-que-era-português-mas-tinha-sotaque-do-brasil, de volta.
    Há que ter presente uma coisa: foi ele que conseguiu transformar a canção "Uma casa portuguesa" num samba. Isto é para os bons. Para os muito bons e que envergam um terninho branco.

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  2. Eu li isto esta semana no jornal gratuito em que foi publicado, no meio da faculdade, aos berros. Adorei!

    Bj,
    (i)

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  3. Site da Maitê parece que foi atacado por hackers portugueses, vê no meu blog:

    http://egitaniense.blogspot.com/2009/10/hackers-portugueses-atacam-maite.html

    Um Abraço deste teu fiel ouvinte.

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  4. Nós somos a Fábrica de Letras.
    Estamos a iniciar um projecto de blogagens colectivas.
    Pretendemos que os bloguers portugueses possam interagir e dar-se a conhecer.
    No dia 1 de cada mês, a Fábrica de Letras lançará um tema. Para participar basta escrever um texto sobre o tema proposto e inscrever-se no link que estará à disposição no blog, no dia 15 de cada mês.
    Podem ser usados textos,poemas, contos, fotos ou vídeos. Não deixes de participar!

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  5. absolutamente genial Alvim... apoiado!!!! hehehehehehehehe

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  6. Quanto saudosismo, Alvim!

    Eu cá gostaria de ver os brasileiros a imitar o "sutaque" do Nel Monteiro - de resto, o homem está lá... lol.

    Boa continuação.

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  7. Isto é o que dá mudarem "as coisas" sem pedir autorização: mais uma boa prespectiva do Alvim. :)
    O corneto de wisky e moca, digo wisky e nata também é o meu favorito!!! Enfim nem tudo pode ser como antes, mas há coisas que só mudam quando te habituas a elas.

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  8. Tenho pena do que aconteceu ao Roberto, ainda não ouvi o álbum em questão, graças a deus, mas mesmo assim, tenho pena do moço.

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