Houve um tempo em Portugal em que era bom casarmo-nos. Eu sou desse tempo. E nesse tempo, os homens quando se casavam sabiam que faziam bom negócio, pois todos nós gostamos de tomar pequeno almoço na cama e ter uma camisa bem passada sem ter que dar 8 euros, que é o que me leva agora a minha lavandaria em Campolide. E que acho um roubo, diga-se.
Aliás, nesse tempo era tão bom estar casado, que nós homens chegávamos a pegar numa tranche de roupa com camisolas, calças e meias e, ao entregarmos à nossa mulher, como se lhe tivéssemos a passar para as mãos um bebé lindo fruto do nosso amor, dizíamos: Toma meu amor! É para ti! E se no fim percebíamos que a roupa estava mesmo bem lavada e com cheirinho a lavanda que é tão bom, não raras vezes pegávamos numa nota de 100 escudos ou até de 1000 e de mão esticada, com a nota erguida, a ela lhe dávamos, dizendo sempre. “ Toma para ti meu amor, já podes ir à manicure e encher-te de laca”.
E lá ia ela, toda sorridente, prontinha para ler a revista hola que sabia encontrar no salão e que seguramente traria novidades da monarquia espanhola. Bons velhos tempos esses, em que só existiam 2 canais e um ou outro espanhol na televisão, mas onde ninguém, ninguém, ninguém ouviram? ninguém necessitava de telecomando para fazer zapping. Era tão mais fácil e romântico fazê-lo ao gritar pelo nosso amor: Oh Maria põe na 2! Maria vem aqui pôr no canal espanhol! Maria Vem aqui ver o que está a dar no canal 1 ! E de cada vez que esta vinha, enchiamos o nosso amor de beijos, enquanto lhe pedíamos para trazer mais uma imperial do frigorífico.
Mas esses tempos acabaram. Já ninguém casa só porque ela está grávida, como de resto, deveria ser sempre. Nesse tempo quando alguém dizia que se ia casar, ninguém no seu perfeito juízo reagia com espanto, tipo: Vais casar? Mas vais casar porquê? Ninguém perguntava, porque toda a gente sabia porquê. E assim quando alguém dizia que se ia casar, apenas se perguntava: Está de quantos meses?
Mas isso era dantes, já lá vai. As pessoas agora casam - imaginem ao que isto chegou - porque querem mesmo. Querem mesmo estar juntos, dividir uma casa, ter uma família, serem – imaginem só isto – serem felizes. E perceber que a felicidade só tem sentido se for partilhada. Eu acabo de partilhar isto que agora escrevi e estou obviamente muito feliz. Tem sentido.
Aliás, nesse tempo era tão bom estar casado, que nós homens chegávamos a pegar numa tranche de roupa com camisolas, calças e meias e, ao entregarmos à nossa mulher, como se lhe tivéssemos a passar para as mãos um bebé lindo fruto do nosso amor, dizíamos: Toma meu amor! É para ti! E se no fim percebíamos que a roupa estava mesmo bem lavada e com cheirinho a lavanda que é tão bom, não raras vezes pegávamos numa nota de 100 escudos ou até de 1000 e de mão esticada, com a nota erguida, a ela lhe dávamos, dizendo sempre. “ Toma para ti meu amor, já podes ir à manicure e encher-te de laca”.
E lá ia ela, toda sorridente, prontinha para ler a revista hola que sabia encontrar no salão e que seguramente traria novidades da monarquia espanhola. Bons velhos tempos esses, em que só existiam 2 canais e um ou outro espanhol na televisão, mas onde ninguém, ninguém, ninguém ouviram? ninguém necessitava de telecomando para fazer zapping. Era tão mais fácil e romântico fazê-lo ao gritar pelo nosso amor: Oh Maria põe na 2! Maria vem aqui pôr no canal espanhol! Maria Vem aqui ver o que está a dar no canal 1 ! E de cada vez que esta vinha, enchiamos o nosso amor de beijos, enquanto lhe pedíamos para trazer mais uma imperial do frigorífico.
Mas esses tempos acabaram. Já ninguém casa só porque ela está grávida, como de resto, deveria ser sempre. Nesse tempo quando alguém dizia que se ia casar, ninguém no seu perfeito juízo reagia com espanto, tipo: Vais casar? Mas vais casar porquê? Ninguém perguntava, porque toda a gente sabia porquê. E assim quando alguém dizia que se ia casar, apenas se perguntava: Está de quantos meses?
Mas isso era dantes, já lá vai. As pessoas agora casam - imaginem ao que isto chegou - porque querem mesmo. Querem mesmo estar juntos, dividir uma casa, ter uma família, serem – imaginem só isto – serem felizes. E perceber que a felicidade só tem sentido se for partilhada. Eu acabo de partilhar isto que agora escrevi e estou obviamente muito feliz. Tem sentido.
Tás muito feliz?!?
ReplyDeleteAtão?? Deixa-me adivinhar... pediram-te em casamento! :o
Olha, eu sinceramente, o que me marcou mais neste post, foi o facto de te levarem €8 por lavar e passar uma camisa!
Estou verdadeiramente CHOCADA!!!
E é que aposto QUE NEM VEM COM CHEIRO A LAVANDA!!!
Vale-me o facto de saber passar a ferro com uma perícia fantástica, e depois de saber os preços da tua lavandaria me deixa obviamente muito feliz. Tem sentido.
*
Gostei.
ReplyDeleteAlvim has feelings :)
O mundo está definitivamente perdido!! A evolução nesta era moderna foi de tal forma deturpada que hoje em dia temos a opção de tomar decisões sobre o rumo que queremos dar à nossa vida, sem ter que seguir os ideais sociais de ninguém...assim ainda nos arriscamos a ser realmente felizes.
ReplyDeleteEstá tudo doido.
Era no tempo em que o Benfica jogava bem.
ReplyDeleteDeixaram de jogar bem, os homens começaram a ver menos televisão (jogos do Benfica) e assim já não havia razão para casar.
A SIC e TVI nasceram graças a esse fenómeno. Ah! e com esses canais o excesso de novelas.
Teorias...
foda-se alvim, "dizia-mos"? Ai cum carago, estou bonito estou!!
ReplyDeleteEntão parabéns :) que sejam felizes e sem terem que subtrair os meses que faltam :)
ReplyDeleteParabéns.
ReplyDeleteMas "dizíamos" escreve-se tudo junto. É um erro imperdoável.
Ó Fernandinho!! "dizia-mos"? "enchia-mos"? parece impossível...
ReplyDeleteOlha, se calhar é da paixão, pois então, felicidades!
Dulce
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ReplyDeleteopá cooonas, até parece que nunca erraram a escrever! filhos da pota, lol
ReplyDeleteBom texto Alvim. ;)
Tenho a impressão que poucos perceberam este post... ou então fui eu que não o percebi...
ReplyDeleteEntendo que estás feliz por teres alguem com quem partilhar as tuas ideias e, sobretudo, porque já não temos que seguir os ideais sociais...
Não me pareceu que venha aí casório... Estou errada?
Parece que o amor exite...
ReplyDeleteJa nada e como no nosso tempo (e olha que so tenho 33). E ainda bem :)
ReplyDeletePartilhar passou a ser melhor que Amar. Porque agora toda a gente ama toda a gente (principalmente de noite), mas ninguem partilha nada.
Eu partilho!
Tu partilhas!
Nos partilhamos!
...
Capitãio Alvim
ReplyDeleteeste teu discurso no casamento do Marco foi tocante e os aplausos e risos foram a prova que o pessoal gostou.
És o maior !
eh eh eh eh eh eh eh.
ReplyDelete(NOTA: Pois que realmente andas a ser assaltado porque passar 1 camisa custa entre 0,60 e 1€)
Vais casar? eheheheh
ReplyDeleteTal e qual...os tempos mudam, tudo muda...
ReplyDeleteUm abraço
Pois se a ideia foi dela, olha que isso não é tão novo assim... Também fui eu que o desafiei, a ele, e já vão 17 anos!
ReplyDeleteAcho que lhe saiu, nesse dia, a sorte grande e a terminação:)
Espero que tenhas isso em comum com ele:)
enchia-mos?!!
ReplyDeleteAs Marias de hoje nem sabem escrever bem "tranche". As Marias de hoje tem 1470 aparelhos que até fazem camas sozinhas. As Marias de hoje gostam mais de cerveja do que os homens e levam a grade pra perto em sofá quando dá futebol e o comando claro está. As Marias de hoje não são pedidas em casamento,são como o anúncio da frize. As Marias de hoje levam as camisas à 5aSEC que lá só se pagam 3euros. Ass. Pois,claro está, Maria.
ReplyDeleteAs Marias de hoje nem sabem escrever bem "tranche". As Marias de hoje tem 1470 aparelhos que até fazem camas sozinhas. As Marias de hoje gostam mais de cerveja do que os homens e levam a grade pra perto em sofá quando dá futebol e o comando claro está. As Marias de hoje não são pedidas em casamento,são como o anúncio da frize. As Marias de hoje levam as camisas à 5aSEC que lá só se pagam 3euros. Ass. Pois,claro está, Maria.
ReplyDeleteApraz-me dizer... Parabens e um retalhosito do meu blog...
ReplyDelete"A mãe natureza...!
Dizem que é sabia, mas eu digo que não (mais uma vez eu a ser a voz discordante e não é do PS!!!)!
A Mãe Natureza tal como todas as mãe erram! Para ser sabia não seria mais correcto ser avó…ou até bisavó, porque nos tempos que correm a maioria das avós, são equivalentes a “mães”, porque a mães verdadeiras têm q trabalhar e fica tão mais barato ficar na avó que na creche!!! Mas não nos dispersemos…
Não querendo questionar tal entidade, eu sou forçada a fazê-lo… As mulheres engravidam e têm que parir… Depois passam por um período de recuperação onde continuam a sofrer dores! É aqui que surge a falha… porque sendo a mãe que amamenta, é ela que tem que ficar em casa, não para recuperar, mas para cuidar do filho… que por ser tão maravilhoso, supostamente também é analgésico! As mães que amamentam não podem tomar grande espiga de medicamentos, por isso toca a suportar… já se sabe… “uma mãe sofre…”!
É por isso que eu vejo a Mãe Natureza como sendo daquelas feministas que foi educada por um pai que batia na mãe e que reclamava todos os dias sobre a qualidade das refeições que a mãe tão carinhosamente preparava!!!
Não seria bem mais sensato, serem os homens a amamentar (sem batota, nada de biberões!)? Imaginem… era ideal para todos, eles veriam realizado o sonho de infância de ter umas maminhas, que até podiam acariciar sem terem que ouvir… “estou cansada”, “dói-me a cabeça” e as mães só tinham q recuperar!!!
Parece lógico… mas não! Vamos lá questionar a Mãe Natureza?!
Há algo de dogmático na Mãe Natureza e como qualquer dogma não é para questionar! Eu sempre detestei dogmas, como detestei a fase em que todos me diziam que era mt nova para entender as coisas!...Os Dogmas são o equivalente a essa fase na vida adulta…
Muito bem, se eu vos dissesse (bem, eu não que não tenho grande autoridade, mas alguém GRANDE):
“AS BOLACHAS COMEM AVIÕES PACIFICAMENTE PATETAS”…
R: … «Mas isso não faz sentido nenhum!»
E eu respondia-vos (ou Alguém):
“HOMENS DE POUCA FÉ…, MAS, SE ISTO É UM DOGMA!”
R: …«espera aí, nunca tinha pensado nisto, realmente agora já descobri o significado da vida!!!»
…Não agradeçam, espero ter ajudado!
Bem, quem é “pacificamente pateta” agora?
Não me venham com dogmas… admitam… «Olha, eu tb não sei, para mim é tão complicado como pra ti… se quiseres tentamos pesquisar no Google a ver o que aparece!»
… Mas nunca se esqueçam levem o Espírito Critico com vocês!
Outra alternativa de resposta? «Olha, não faças mtas perguntas e come a sopa q tá a arrefecer, Tá BEM?»… Esta, ao q sei, é a mais utilizada na Grande Intituição que é a IGREJA! Seguida por «psht, Cala-te!»... ou a mais honesta: «Quanto mais iluminados pensarem que nós somos, mais dinheiro isto vai dar... por isso Psht cala-te e come a sopa q tá a arrefece»!
Recomendação de hoje: Comer a sopinha toda!"
"Happiness is only real when shared" :D
ReplyDeleteEu por exemplo, só ao ver os comentários é que reparei no pequeno pormenor do '' dizia-mos''. Talvez porque o que estava a ler tem o maior sentido e daí o assunto ser o mais importante do que essa pequena ''gralha?!''
ReplyDeleteO dizia-mos do Alvim pode ter sido um erro ou então,até mesmo propositado.
Esqueçam esses pequenos pormenores e dêem atenção ao contéudo!