Wednesday, April 21, 2010

A música negra de Arthur Dapieve: hoje, na Prova Oral

«Quando, naquele dia, voltava do liceu para casa, o autocarro em que seguia foi interceptado por três homens de UZIs e máscaras de Bin Laden, e Michael Philips – um adolescente americano a viver no Rio de Janeiro – foi raptado e levado para um morro. Aí ficará em cativeiro, à espera que os seus sequestradores recebam o resgate. Este miúdo é negro e adora basquete e jazz.

He-man, chefe do morro e da «célula terrorista» que praticou o rapto, é um miúdo branco, franzino e pouco mais velho que o rapaz sequestrado e tem ambições musicais: He-man quer ser rapper. Para cuidar de «Maicon Filipe», He-man destaca uma das suas namoradas, a boazona Jô. Está assim constituído o triângulo afectivo-musical, e o trio de narradores de Black Music. Fugindo a registos realistas e hiperrealistas com que a literatura habitualmente trata o problema sócia das favelas e da criminalidade, Arthur Dapiève compõe esta história (e a de cada um dos personagens) como um diálogo em que mundos e referências musicais se cruzam, bem como sonhos e paixões. Black Music é uma nova forma de contar a violência.»

É esta a sinopse do livro Black Music (edição Quetzal). O autor, Arthur Dapieve, «nasceu no Rio de Janeiro em 1963. Formou-se em jornalismo na PUC-Rio, onde hoje em dia é docente. Foi crítico musical, repórter e editor de cultura no Jornal do Brasil e no Globo, onde desde 1993 assina uma coluna. Apresenta o programa Sem Controle no canal televisivo GNT. Autor de vários livros, como Brock. O Rock Brasileiro dos anos 80, Miúdos Metafísicos ou Guia de Rock em CD, Dapieve estreou-se como romancista com De Cada Amor Tu Herdarás Só o Cinismo, publicado em 2009 pela Quetzal. Black Music é o seu segundo romance».

Temos aqui pano para mangas: Jazz, rap, crime e uma boazona chamada Jô. E um convidado que conhece o terreno que pisa, já que foi jornalista e crítico musical. Em literatura, a violência inspira tanto como a música e o sexo? Seria possível uma história destas adaptada a Portugal? Comentários e perguntas a Arthur Dapieve: 800 25 33 33, caixa de mensagens do blogue ou no Facebook da Prova Oral. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

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