Tuesday, January 22, 2013

Música no Maria Matos


The Swifter
(Andrea Belfi, BJ Nilsen & Simon James Phillips)

sáb 2 fevereiro 22h00
Sala Principal com bancada
14€ / Com desconto 7€


A ação inicia-se no encantatório piano de Simon James Philips, dentro e fora, sendo depois captado pela eletrónica de BJ Nilsen que o liberta para a atmosfera em forma digital enquanto Andrea Belfi utiliza percussão para colorir os espaços livres e dramatizar o enredo. The Swifter congregam na perfeição a democracia do jazz, o rigor do minimalismo, o transe do pós-rock e o onirismo da eletrónica ambiental. E, nesta noite, contam ainda com um convidado especial, o músico português David Maranha.

A igreja Grunewald em Berlim já abençoou muitos concertos e gravações, mas nenhum foi tão bafejado pela sorte como o primeiro encontro destes músicos em setembro de 2011. O trio, formado repentinamente por uma série de acasos, conheceu-se no exato dia em que o registo dos quatro temas do álbum homónimo aconteceu. O pianista australiano Simon James Phillips tinha a gravação de um álbum a solo agendada na Grunewald, mas, após um ensaio com BJ Nilsen semanas antes, percebeu que deveria partilhar a experiência com o músico eletrónico. A três dias da gravação, um concerto inesperado com Andrea Belfi mudou novamente o plano, e, de duo, The Swifter passou a trio. Com a improvisação como guia permanente dos movimentos, pequenos mecanismos foram traçando inteligentemente o encontro entre os vários instrumentos: piano e percussão em convulsão repetitiva entrelaçada; eletrónica capturando os batimentos do coração do piano para os libertar na atmosfera como projéteis sonoros autónomos. Poder-se-ia traçar paralelismos com a missão libertadora dos Necks ou dos Triosk, mas o maior número de recursos oferece, naturalmente, um maior número de resultados. E esta santíssima trindade promete novas soluções a cada encontro, mostrando uma das hipóteses do chamado jazz do futuro.

"Beyond this architectural reading of the album is a nautical element. ‘Swifter’ refers to a line that runs around the ends of the capstan bars on a ship that prevent their falling out of the sockets, and the names of the four pieces which make up the album conjure up a similar aesthetic. The opening gamut, fittingly titled ‘The End of the Capstan Bars’ begins quietly, almost invites its listeners to arrive in the space that it is opening up. But again, they’re inside the vessel; they’re swaying with its pulse, the rhythm that brings the trio together to perform this near perfect debut. They’re running their lines around this space, showing us its circumference, its nooks and crannies. They refuse to take up the space, but invite us to be inside it, for a soothing 46 minutes and 21 seconds."

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