- O Alvim que escreve romances de amor convive bem com o Alvim ‘ganda maluco’? Mal se falam. na verdade, não se dão. gosto de pensar que não se conhecem, que são duas pessoas diferentes sem qualquer tipo de ligação. E depois ainda existo eu, que nem é uma coisa nem outra. quero acreditar que sou tripolar, quadripolar, o que seja.
- E as outras pessoas convivem bem com os dois?
Ou acontece-lhe falar o escritor e responderem ao ‘maluco’/ não levarem o escritor a sério/apelarem ao escritor e responder o engraçado? Não é uma coisa que me preocupe, se as pessoas me levam a sério ou não, não sou um banco em que as pessoas precisamos de confiar em mim para depositarem as suas poupanças, não sou um médico para confiarem em mim a sua vida, se bem que agora que penso nisto, sou alguém em quem invariavelmente as pessoas podem ou não depositar o seu tempo.
- Porque é que diz que é bicho do mato?
É possível fazer tantas coisas públicas e ser bicho do mato? Eu nunca disse que sou um bicho do mato, quando muito posso ter dito que sou um bicho. E a sê-lo gostava de ser da fruta. Mais: um bicho pode fazer imensas coisas publicas sim.
- Em pequenino já era irrequieto?
Não, era um doce de rapaz, uma jóia de moço, não fazia mal a um insecto, nunca nunca nunca. Podia ter seguido uma vida dedicada ao catolicismo praticante, podia hoje ser o Papa Francisquinho. E não fui.
- Foi convidado pela agência de viagens Pinto Lopes para fazer de guia numa viagem à Transilvânia Halloween. Como é que se está a preparar?
Estou a preparar-me intensamente como seria expectável, de forma diária, corro 10 quilómetros por dia, mordo cerca de 20 pessoas, tenho bebido uma média de 2 litros de sangue. Penso que estou preparado.
- Espera que o Castelo do Drácula esteja assombrado ou prefere que não esteja?
Eu prefiro que não esteja lá de preferência, não gosto nada de dar confiança a tipos que não gostam de sol.
- Vão levar alho e crucifixos?
Sim e uma arma carregada com balas verdadeiras.
- O que é que gostava de aprender?
A sonhar (esta é a resposta mais bonita e triste que alguma vez tive. Choro deste lado do papel). A outra é: a fazer choco frito.
- De que é que tem saudades?
Dos anos em que o Benfica venceu duas vezes consecutivas a liga dos campeões.
- Uma recordação de infância?
Ter sempre uma ideia óptima, sempre espectacular e pedir à minha mãe ou pai para a fazer e um ou outro dizerem-me: Não.
- Uma mania?
Enrolar-me na areia e mandar-me por ali abaixo até chegar ao mar.
Enrolar-me na areia e mandar-me por ali abaixo até chegar ao mar.
- O melhor de ser o Fernando Alvim é… Não ser o Fernando Alvim.
- E o pior… é ser o Fernando Alvim.
- Há vida para além da morte?
Eu sou a prova disso. Já morri 3 vezes e 3 vezes voltei de novo.
Eu sou a prova disso. Já morri 3 vezes e 3 vezes voltei de novo.
- Árvore favorita?
A árvore genealógica. Descendo de Nuno Àlvares Pereira que se casou com Leonar Vaz de Sousa Alvim. Gosto de pensar que tenho sangue azul. E que as árvores genealógicas glorificam sempre qualquer família.
A árvore genealógica. Descendo de Nuno Àlvares Pereira que se casou com Leonar Vaz de Sousa Alvim. Gosto de pensar que tenho sangue azul. E que as árvores genealógicas glorificam sempre qualquer família.
- O que é que gosta que digam de si?
Que sou um génio e a pessoa mais bonita e sexy que alguma vez viram e com a qual dormiram.
- Uma causa?
A das coisas. O livro do Miguel Esteves Cardoso.
A das coisas. O livro do Miguel Esteves Cardoso.
- O que é que está a ler?
A sul de nenhum norte de Charles Bukowski.
A sul de nenhum norte de Charles Bukowski.
- Uma canção para ouvir em repeat.
Construção, Chico Buarque
Construção, Chico Buarque
- O que é que diz quando martela o dedo ou dá um pontapé descalço numa quina?
Invariavelmente um chorilho de palavrões que não vou dizer aqui. Mas há sempre dois, um a seguir ao outro. Um começa por f e outro por c, este último, faz lembrar um ingrediente muito usado na cozinha e celebrizado pelo pequenito Saúl.
Invariavelmente um chorilho de palavrões que não vou dizer aqui. Mas há sempre dois, um a seguir ao outro. Um começa por f e outro por c, este último, faz lembrar um ingrediente muito usado na cozinha e celebrizado pelo pequenito Saúl.
- Como é que o levam?
Normalmente é à certa. gosto sempre de ser levado à certa, contas são contas.
- Qual é o sentido da vida?
O amor. (isto é só para provar que eu sou sensível e profundo)
O amor. (isto é só para provar que eu sou sensível e profundo)
- Roll on ou spray?
Rock'n'roll.
Rock'n'roll.
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