Houvesse um estudo sério, feito com rigor, que analizasse com perícia todas as opiniões e conversas que são estabelecidas a todo o momento, e não tenho dúvidas, nenhumas, que a conclusão a que se chegaria, seria esta: as pessoas adoram falar sobre o que gostam e não gostam. E pronto, pague-se o que houver a pagar, muito boa tarde a todos, tivemos muito gosto em fazer este estudo e até um dia destes.
Esperem aí, isto é um pouco como as letras das canções, todas elas podem falar de várias coisas, do trabalho, da solidão, da festa lá na rua, do tempo lá fora, mas quando se vai a ver bem como se tivéssemos à procura de moedas no meio das almofadas do sofá, percebemos que afinal se está a falar sobre sexo. Ou a falta dele.
Com as conversas também é assim, porque por mais que se fale sobre futebol e politica e a crise e o vizinho de cima, a verdade é que invariavelmente estamos a dar a nossa opinião, a revelar o nosso “gosto ou não gosto”. Daí que Portugal sem que déssemos conta, se tenha transformado num país de “opinion makers”, de pachecos pereiras da vida, de treinadores de bancada, de analistas económicos de trazer por casa. A opinião democratisou-se é certo, mas a vulgaridade também. De tal modo, que hoje em dia, qualquer pessoa tem uma opinião sobre um assunto, mesmo que nada saiba sobre ele, mesmo que nunca tenha ouvisto falar e que manifestamente não domine. Tenho saudades de ver uma pessoa a dizer “não sei!” e sonho todos os dias em que isto acontece. O sonho é sempre o mesmo: um repórter da televisão em directo. Eu no sonho nunca consigo ver quem é, mas parece-me daqui que é a Rita Marrafa de Carvalho ou o José Manuel Mestre. É um dos dois, não tenho a certeza. Sei que estão em directo, que há pessoas a passearam na rua – os agora famosos transeuntes – e que um deles, de microfone em punho, para todo um país, faz uma pergunta a um cidadão que por ali passa. E pergunta: olhe, não se importa, o que pensa sobre Futebol? E esse alguém - juro que daqui me parece ser muito parecido com Carlos Queiroz! - olhando para a cámara muito fixamente, esperando uns angustiozos segundos como aqueles que antecedem a marcação de um penalti importante, diz para emoção de todos: “ Olhe, não sei!”
Esperem aí, isto é um pouco como as letras das canções, todas elas podem falar de várias coisas, do trabalho, da solidão, da festa lá na rua, do tempo lá fora, mas quando se vai a ver bem como se tivéssemos à procura de moedas no meio das almofadas do sofá, percebemos que afinal se está a falar sobre sexo. Ou a falta dele.
Com as conversas também é assim, porque por mais que se fale sobre futebol e politica e a crise e o vizinho de cima, a verdade é que invariavelmente estamos a dar a nossa opinião, a revelar o nosso “gosto ou não gosto”. Daí que Portugal sem que déssemos conta, se tenha transformado num país de “opinion makers”, de pachecos pereiras da vida, de treinadores de bancada, de analistas económicos de trazer por casa. A opinião democratisou-se é certo, mas a vulgaridade também. De tal modo, que hoje em dia, qualquer pessoa tem uma opinião sobre um assunto, mesmo que nada saiba sobre ele, mesmo que nunca tenha ouvisto falar e que manifestamente não domine. Tenho saudades de ver uma pessoa a dizer “não sei!” e sonho todos os dias em que isto acontece. O sonho é sempre o mesmo: um repórter da televisão em directo. Eu no sonho nunca consigo ver quem é, mas parece-me daqui que é a Rita Marrafa de Carvalho ou o José Manuel Mestre. É um dos dois, não tenho a certeza. Sei que estão em directo, que há pessoas a passearam na rua – os agora famosos transeuntes – e que um deles, de microfone em punho, para todo um país, faz uma pergunta a um cidadão que por ali passa. E pergunta: olhe, não se importa, o que pensa sobre Futebol? E esse alguém - juro que daqui me parece ser muito parecido com Carlos Queiroz! - olhando para a cámara muito fixamente, esperando uns angustiozos segundos como aqueles que antecedem a marcação de um penalti importante, diz para emoção de todos: “ Olhe, não sei!”
Opinião inteligente ;)
ReplyDeleteEu não sei nada sobre imensa coisa. E não,não é um comentário de alguma forma cómico.
ReplyDeleteinspectacular o que não te faz uma picardia com um analista psicossomático, antropologo com um curriculo de 3452 páginas a falar de ciganos :)
ReplyDeletee já te disse q quero uma prova oral sobre o meu blog! anda lá, prometo q bebemos umas valentes, só para ver me que tipo de confusões nos metemos...
cafecatarse.blogspot.com
:)
ReplyDeleteJa que estamos a falar de gostos, peço que quando vieres à FCT não deixes de passar a tua malha do Dragon Ball como fizeste o ano passado, isso e Red Hot, foi muito bom.
ReplyDelete"mas quando se vai a ver bem como se tivéssemos à procura de moedas"
ReplyDeleteOlha a falha, Alvim. "EStivéssemos"
Mais um bom texto. Abraço
Muito perspicaz! De mansinho, matreiro e muito sorrateiramente... ah e como quem não quer saber toca a cascar no Queiroz.
ReplyDeleteAlvim, visita o meu blog:
www.diamanteembruto.blogspot.com
pois, nao sei xD
ReplyDeleten, e' verdade, eu proprio estou sempre a mandar bitaites pro ar que precebo disto e daquilo.
e' a vida :)
continuas o maior Alvim!(so' a dar a minha opiniao)
Tanta linha para uma piada final tão fraquita, como se fosse possível confundir. Queres atenção meu maroto.
ReplyDeleteUm seguidor de Shopenhauer fez uma pergunta ao filósofo a que ele respondeu "não sei". O discípulo, incrédulo, desabafa admirado como é possível que o grande Shopenhauer não saiba. Resposta do alemão: "Ao contrário da estupidez, o conhecimento é limitado"
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