Tuesday, October 02, 2012

Amanhã é dia de CADÁVER ESQUISITO


Antes de mais, um cadáver esquisito não tem mau cheiro nem mau aspecto, é apenas um texto, neste caso uma história, escrita a várias mãos - a muitas mãos, esperamos nós. Eu lanço as primeiras frases, que podem ler aqui em baixo, e convido-vos a aparecerem amanhã, quarta-feira, na Baixa-Chiado PT Bluestation, entre as 17h00 e as 19h00 e contribuírem, cada um, com mais uma ou duas frases para a continuação desta Aventura no Metro. Eis, então, o início da saga:

Uma Aventura no Metro

E de repente ela disse-lhe nos olhos: “Não fui eu”. E ao mesmo que o disse começou a correr pelas escadas rolantes abaixo, tirando do seu caminho quem lhe aparecesse. Começou a correr - só quem viu e lá estava pôde perceber o quanto corria - corria de tal modo, com tal verdade, que à medida que por ela passavam, quem a visse, juntava-se. E de repente, na Baixa-Chiado PT Bluestation, havia uma espécie de maratona das amêndoas em flor mas sem os gémeos Castro. Sem a Rosa Mota. Ouçam, havia passageiros que saíam das carruagens e sem que alguém lhes pedisse começavam a correr também. Não se via tal coisa deste a tomada da Bastilha ou do concerto do Paul Simon no Central Park ou da final de juniores no estádio da Luz. E foi aí, justamente aí, quando se pensava em tudo isto, que alguém gritou como se tivesse acabado de ver um fenómeno sobrenatural. Disse: “Olhem para ali, olhem para ali!”


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